Saramago

Está por aí um reboliço por causa de Saramago e da sua declaração de fé no ateísmo. Ao ver e ao ouvir o que ele diz, com rosto e voz de fragilidade que, inevitavelmente, profetizam o encontro com a morte, pergunto-me: Como é que alguém pode sentir-se indignado por palavras que, afinal, repetem só o sentido que Saramago encontrou para a sua própria existência? Como lhe podem exigir, agora, uma outra vida que não esta que ele teve e tem, onde Deus e o diabo foram e são, apenas e unicamente, o Homem?


Reportagem de Pedro Coelho/SIC

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