Mudanças que visam obter um “formato mais confortável, mais fácil de transportar” que resulta, diz Pedro Tadeu, num “produto novo” que, em termos de conteúdos, vai trazer “noticiário e histórias próprias do 24 Horas”, mas também conteúdos típicos de revistas, das newsmagazines, às de sociedade. O novo diário “não terá secções do tipo Nacional”, descreve Pedro Tadeu, mas sim “um alinhamento de telejornal onde as notícias são ordenadas não pelas secções, mas pela sua importância. Todo o trabalho é focado nas pessoas”, sejam celebridades ou anónimos. O preço de capa deste novo formato “ainda está a ser discutido com a administração”. Actualmente, o título custa 75 cêntimos.
Pedro Tadeu frisa que a vontade de conquistar novos leitores para o 24 Horas foi a razão que motivou esta mudança de formato, dado que “o mercado de revistas - da Visão à Maria - é muito maior do que o dos jornais. E com esta mudança procuramos ter um formato que agrade a este público”. Aumentar a circulação paga do jornal é um objectivo. “Hoje em dia qualquer valor acima dos 35 a 40 mil exemplares de média de circulação já é positivo”, afirma. O director do 24 Horas admite, contudo, que “apesar da crise” não ter determinado a mudança, o novo formato implica “uma relevante poupança de custos” industriais. Quanto? “Um milhão de euros” anuais, revela Pedro Tadeu. O novo formato, diz ainda, também tem em conta “a redução de capacidade de trabalho” decorrente do processo de despedimento colectivo em curso no grupo Controlinveste e que também atingiu o 24 Horas.
Actualmente, trabalham no jornal 35 jornalistas, 11 gráficos, 8 profissionais de pré-press e 4 fotógrafos. O novo formato foi estudado e desenvolvido internamento, sob a responsabilidade de Rui Lisboa.
Texto de Ana Marcela
in Meios & Publicidade, 31 de Março de 2009
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