Também houve quem não fosse tão descarado e fugisse com o rabo à seringa, argumentando de outra maneira: “Mas que interesse tem saber quem vende mais ou menos?”, ou ainda “Compilar esses dados é uma trabalheira imensa...”. E houve quem, cinicamente, prometesse responder mais tarde para, a seguir, deixar de atender telefonemas.
Para que conste, aqui informo que as editoras Caminho, Oficina do Livro, Presença, Gradiva e Temas e Debates entregaram-nos esses dados. Todas as outras que contactámos arranjaram maneira de não o fazer. O que nos valeu foi a Fnac, que, em três tempos, nos deu as suas vendas na loja do Colombo – a maior livraria do País – e os próprios autores, que forneceram informações adicionais que a suas editoras recusaram dar.
Bem. Que posso eu pensar sobre isto? Vou fazer uma frase simples: as editoras que não nos responderam são dirigidas por um bando de vigaristas que, em nome da cultura, montou um negócio de fuga aos impostos. Há alguma outra hipótese para explicar este fenómeno?
in 24horas, 21 de Maio de 2005
Sem comentários:
Enviar um comentário