Jornalistas chumbam proposta sobre declaração de interesses na profissão

Eis a proposta que entreguei no Congresso dos Jornalistas e que foi rejeitada merecendo, apenas, 21 votos favoráveis entre os presentes:

Recomendação à Comissão da Carteira Profissional de Jornalista sobre uma declaração de interesses dos jornalistas 
O jornalismo em todo o mundo passa por uma crise de credibilidade que põe em causa o seu futuro. Independentemente de muitos factores externos aos próprios jornalistas estarem a criar essa situação, cabe individualmente a cada um dos jornalistas tudo fazer para tentar inverter, na sua limitada esfera de ação, a degradação da imagem pública da sua profissão e o consequente empobrecimento do seu estatuto. Uma das vias para o conseguir é adotar medidas de transparência profissional que levem os leitores, espectadores, ouvintes e interlocutores do jornalismo a acreditarem na independência e seriedade dos seus profissionais. 
O 4.º Congresso dos Jornalistas portugueses recomenda à Comissão da Carteira Profissional de Jornalista que crie no seu sítio da internet um formulário adequado para que todos os jornalistas portugueses possam tornar pública uma declaração de interesses voluntária, não obrigatória, atualizável em qualquer altura, que abranja as influências ou ligações profissionais, contratuais, patronais, políticas, familiares, económicas, desportivas, culturais ou outras que possam, de alguma forma, direta ou indiretamente, influenciar o exercício da sua profissão e que o jornalista considere, livremente, seguindo apenas o seu próprio e exclusivo critério pessoal, ser seu dever, para assegurar a transparência da sua atividade profissional, revelar. 
Lisboa, 15 de janeiro de 2017 
Pedro Tadeu 

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