Discotecas, bares, lançamentos de livros, de discos ou de artigos de moda, inaugurações, tudo serve para alguém vender as sua ida ao local e alguém querer comprar o direito de mostrar essa pessoa ao mundo, anunciando-a à comunicação social que, se os nomes prometidos no evento forem suficientemente apelativos, não faltará com um batalhão de fotógrafos e câmaras de televisão.
A coisa está altamente profissionalizada, há agências que gerem esta “carreira” para os seus “artistas” e nelas estão inscritas as mais fantásticas pessoas: modelos, actores, escritores, empresários, gente de boas famílias, gente gira, eu sei lá! Tudo isto já movimenta milhões de contos por ano. Carla Matadinho, por exemplo, conta nesta revista que ganha mais com uma “presença” dessas do que muita gente com um mês de trabalho e há, por dia, dezenas de iniciativas com a “presença” de famosos pagos. As Finanças, se soubessem, eram capazes de achar muita graça mas, como nós no 24horas, não resolveriam o eterno problema do ovo e da galinha: quem nasce primeiro, a fama ou o proveito?
E porque é que isto é um negócio estranho? Porque, na minha cabecinha de quarentão, quem vai a um bar ou a uma discoteca não recebe dinheiro – paga e não é pouco. Mas, pelos vistos, isso é coisa desactualizada.
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