Juntou-se agora a “Floribella”, o êxito repete-se, soma-se e chega para os dois programas, apesar de me parecer que a aposta da SIC terá adeptos um pouco mais novos que a produção da TVI. Mas isso, para a questão que me traz aqui, é irrelevante.
E a questão que me traz aqui é esta: os “Morangos” e a “Floribella” estão a fazer bem ou mal aos nossos adolescentes? Vou falar pela minha experiência que vale o mesmo que a de qualquer outro pai. Quando os “Morangos” começaram a ser transmitidos a minha filha estava na idade de se interessar e, disfarçadamente – como fiz com séries brasileiras congéneres como a “Malhação” – espreitei, não fosse o Diabo tecê-las...
E tenho a dizer bem. As séries deste tipo tratam os adolescentes como gente inteligente. Não lhes impingem um mundo cor-de-rosa e ajudam-nos a problematizar temas centrais na vida deles, como as primeiras relações amorosas, os conflitos na escola e em casa, a droga, etc. Há um sentido de bem e de mal que se sobrepõe ao próprio enredo da série que corresponde ao sentido de bem e de mal que nós desejamos que os nossos filhos adquiram. Há um frequente apelo à solidariedade e ao empenhamento cívico que me parece relevante. E com a vantagem de tudo isto ser servido sem ponta de paternalismo. Por mim, acho brilhante e, como pai, agradeço a ajudinha.
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