Há duas frases totalmente desconcertantes de uma das personagens principais da peça jornalística que hoje publicamos, a propósito de Tony Carreira. A primeira é esta: “Gosto mais do Tony do que de mim própria”. A segunda é: “Ele é um Deus. Qualquer fã idolatra o Tony. Nós vemo-lo como uma luz”. Ana Vazquez, a senhora de 50 anos, com dois filhos já homens, que faz estas afirmações, atribui ao artista uma percentagem na recuperação de uma doença e no ter conseguido voltar ao trabalho de oficial do Registo Civil. Ana Vazquez representa apenas uma das milhares de fãs que seguem Tony por razões que vão para além da música. Música que, no entanto, é peça essencial do fenómeno. Tony Carreira canta o amor naif, sem más intenções. Ele comunica uma moral onde, por exemplo, uma traição pode ser mais lamentada pelo traidor do que pela pessoa traída. É catártico. Tony consegue combater a solidão e essa estranha força dele mereceria, de facto, mais estudo e análise séria do que aquela que se tem publicado. Hoje, milhares de pessoas num piquenique publicitário colocam-nos outra vez perante esta perplexidade chamada Tony Carreira.
in 24horas, 20 de Junho de 2009
Sem comentários:
Enviar um comentário