Tenho cá uma desconfiança de que a morfopsicologia é tão rigorosa do ponto de vista científico quanto a frenologia o foi no século XIX, quando popularizou falsamente uma teoria que reivindicava ser possível determinar o carácter, as características da personalidade e até o grau de probabilidade de uma pessoa cometer um crime pela forma da cabeça, “lendo” as protuberâncias do crânio. Mas como não sou cientista nem percebo nada do assunto, remeto-me à minha ignorância e resolvo ouvir o que tem para dizer um especialista na matéria em relação às personalidades de algumas das pessoas mais conhecidas do País. É certamente mais inofensivo do que certas conclusões horríveis – e falsas – que respeitáveis ciências já nos ofereceram ao longo do tempo, a começar na sagrada medicina. E pelo menos é divertido – aliás, a imprensa dita de referência até publicou trabalhos a explicar os fundamentos teóricos desta especialidade, dando-lhe crédito e estatuto... E não deixa de ser curioso verificar como o senhor Julián Gabarre consegue descrever as seis pessoas que lhe apresentámos de uma forma que parece ser absolutamente coerente com o que sabemos delas.
in 24horas, 23 de Junho de 2009
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