O V ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE JORNALISMO E COMUNICAÇÃO FOI UM SUCESSO

Terminou ontem o V Encontro Nacional de Estudantes de Jornalismo e Comunicação, em Leiria. A sexta-feira foi marcada por três painéis: o primeiro de Apresentação da Escola; o segundo painel sobre o ensino da comunicação em Portugal; e o terceiro sobre imagem pública e direito à imagem. O sábado teve vários workshops e o Domingo, uma visita à cidade.

Vou dar mais relevância ao terceiro painel, uma vez que se insere na temática deste blogue. Na mesa estavam Jorge Ferreira (especialista em Direito da Comunicação Social), Pedro Tadeu (director do 24 Horas), Jorge Varela (moderador) e João Lázaro (psicólogo).

Jorge Ferreira começou em forte "Pediram-me autorização para me fotografarem?...", a plateia deu uma gargalhanda e não tomou a sério o que Jorge Ferreira disse. Um pouco à boa maneira do típico português que ouve e continua a fazer a mesma coisa.

É por isso que as constituícões pequenas têm mais força que as constituíções carregadas de leis para tudo e mais alguma coisa.

Por mais leis que se tenham para reger a população, a maioria delas não são respeitadas.

A seguir elucidou os presentes para a diferença entre direito à imagem, "é a protecção da imagem de cada um" e direito à privacidade. O direito à privacidade é por exemplo o direito que temos dentro da nossa propriedade(casa).Este direito está acima do direito de informar.

" A Comunicação Social vive muito do bom senso, por isso, o direito é indispensável", acrescenta Jorge Ferreira.

Pedro Tadeu teve um discurso muito em volta do interesse público e referiu uma situação um pouco caricática que me ficou na memória.

Segundo este, há jornais que para obter determinada reportagem ou mesmo notícia,( que no fundo acaba por ser mais um interesse do público sobre determinada figura pública), pagam férias a famosos para contar simplesmente cuscices. Será isto um bom método de chegar a todo o público em geral? Ou de lhe ocultar ainda mais a realidade? O Director do 24 Horas referiu que o jornal que dirige não usa esses métodos.

Aqui os "famosos", os chamados VIP´s não processam a imprensa por ter divulgado determinada imagem mas antes pelo contrário ainda a incitam a mostrar. Mas nem todos os famosos reagem assim, nem todos deixam que a fama lhes suba à cabeça e que usufruem sem medir as consequências dela, esses são aqueles que lutam pelos seus direitos: neste caso o direito à imagem e privacidade.

in Comunicar a Direito, 6 de Novembro de 2006

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