Director estranha buscas da PJ.
Continuará a publicar «o que for verdade»
Continuará a publicar «o que for verdade»
Pedro Tadeu, director do 24 Horas, disse ao PortugalDiário que não é claro se foi ou não constituído arguido. «Não houve nenhuma formalização no sentido de ter sido constituído arguido», explicou, «mas o mandato de busca referia-se a nós como arguidos».
Pedro Tadeu, o jornalista Joaquim Eduardo Oliveira e o repórter free-lancer Jorge Van Kriken, terão sido constituídos arguidos no âmbito do caso do «envelope 9».
O jornal 24 Horas foi evacuado ao final da manhã. Agentes da Polícia Judiciária entraram na redacção e ordenaram que os jornalistas abandonassem a redacção. Os computadores do director do jornal e dos dois jornalistas que noticiaram o caso do «envelope 9» foram apreendidos pelas autoridades.
E o 24 Horas publicará mais notícias sobre este caso? Em declarações ao PortugalDiário, Pedro Tadeu afirmou: «enquanto for jornalista profissional tenho o direito de publicar o que for verdade e for de interesse público».
O director do 24 Horas afirmou ainda que considera «inaudito» haver buscas na redacção de um jornal, «que é um local sagrado».
Pedro Tadeu disse, que dada a «relevância» da notícia, não acredita que «nenhum jornal seja condenado em tribunal».
O crime que terá levado a PJ às instalações do 24 Horas será o de violação do segredo de justiça, afirmou Pedro Tadeu, aos jornalistas presentes esta tarde na redacção do jornal. Fonte do 24 Horas contactada pelo PortugalDiário disse que o crime em causa será o de «acesso indevido a dados pessoais».
O caso dos registos telefónicos de várias figuras do Estado, inseridos no envelope 9 do processo de pedofilia na Casa Pia, foi denunciado há um mês pelo jornal 24 Horas.
in Portugal Diário, 15 de Fevereiro de 2006
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